terça-feira, 6 de julho de 2010

Como falir uma Seleção?

Bem pessoal, a Copa chegou ao fim para todos nós. O Brasil encerrou sua participação ao perder para Holanda por 2 a 1 em um jogo pra lá de estranho.

Como comparar a atuação do primeiro tempo com a do segundo? Como uma equipe de alto desempenho pode oscilar tanto em termos de performance? Quem será que foi o culpado?

O Brasil e principalmente Dunga, foram massacrados neste final de semana por todos. Mas e se o jogo terminasse no primeiro tempo? Teríamos um Brasil vencedor que jogou seu melhor jogo até então e que tinha grandes chances de vencer a Copa. Eu passei o intervalo achando que o jogo estava fácil e que teria uma goleada no segundo tempo. O que aconteceu então?

Em um lance de sorte – ingovernável*, o Brasil sofreu o primeiro gol e logo depois o segundo. O jogo mudou e o Brasil não conseguiu responder com agilidade e eficiência à mudança.

É claro que faltou flexibilidade para os jogadores se adequarem à situação. Mas muito mais que isto, faltou o líder que assumisse a situação, fosse referência para o time e cobrasse a mudança com propriedade.

Dunga acordou no meio do seu pior pesadelo: sem os craques que ele achou que iriam ser os líderes estarem 100%, sem reservas para substituir e sem o controle emocional necessário para agir frente a situações adversas.

E perdemos mais uma Copa. Não é o fim do mundo e a vida continua. Mas que o próximo gestor da Seleção Brasileira tenha as competências necessárias – as técnicas, comportamentais e gerencias – para gerenciar um time esportivo que leva nos pés toda uma nação. Que não possa sucumbir frente a situações inesperadas e adversas – algo que todo gestor atual lida todos os dias – e que possa gerenciar com mais leveza, porque em se tratando de arte é necessário o processo ter prazer, ludicidade, descontração e propósito. Deve-se cobrar, brigar e lutar para criar este ambiente criativo.

A pressão deve existir pois ela é natural em ambientes competitivos. Mas pressão demais atrapalha em muito o processo criativo – quem diga o jogador de Gana que perdeu o pênalti e a classificação no que seria o último lance do jogo, jogando a baixo a última esperança de todo um continente seguir na Copa.

A criatividade se manifesta em ambientes lúdicos, desburocráticos, acolhedores, informais e com tolerância ao erro – todas características não valorizadas pelo ambiente da Seleção.

Falta de flexibilidade + falta de liderança + falta de um ambiente criativo + um gestor com limitações emocionais = desastre corporativo e falência.

Que o Brasil consiga identificar o melhor gestor e comemoremos juntos a queda da nossa rival Argentina com Maradona. Porque pior que perder a Copa seria passar 4 anos engolindo a Argentina Campeã. Viva Alemanha!!!

Texto de Ricardo Nakai, palestrante e consultor organizacional, extraído do site Você S/A.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A grande lição da nossa seleção

Acompanhando a evolução da seleção brasileira nessa Copa, podemos observar um grande crescimento que a equipe demonstrou em seu último jogo. Uma equipe mais coesa, jogadas ensaiadas e mais elaboradas e o domínio do jogo, foi o que marcou o primeiro tempo da partida contra a Holanda.

Com o primeiro gol do adversário, foi notório o descontrole emocional em toda a equipe, que acabou dando todo poder ao adversário. O time se desestruturou em campo e naturalmente acabou perdendo seu propósito: passar para próxima fase da Copa.

Refletindo sobre a atuação de nossa seleção podemos perceber que agimos da mesma forma em nossas vidas.

Quantas situações experimentamos em nossas vidas nas quais saímos derrotados por perdermos o controle emocional? Quantas situações nós perdemos o poder ao entregá-lo ao adversário?

Assim como a nossa seleção que atuou no primeiro tempo com todo seu poder, no segundo tempo nos mostrou como podemos perder todo esse poder.

Essa foi a grande lição que a nossa seleção deixou nesta Copa. Uma lição não apenas para nós brasileiros, mas para todo o mundo.

A lição de que o verdadeiro poder reside dentro de cada um de nós. Mas qual é esse verdadeiro poder, seja de uma equipe, seja de cada um de nós? A nossa paz interior.

De nada vale tanto esforço em estudar, treinar, se perdermos nosso controle emocional, nossa paz interior diante de qualquer desafio em nossa vida. Seja numa reunião, num teste, numa entrevista, num jogo, enfim, em qualquer situação. Colocamos tudo a perder quando damos poder para as situações.

Não existem culpados nem perdedores, mas existem lições e aprendizados.

Naturalmente somos especialistas em críticas e julgamentos e sempre procuramos culpar alguém por nossos insucessos. Nesse processo, frequentemente, deixamos de enxergar que temos perdido muitas oportunidades de nos tornarmos bons profissionais, bons cidadãos e naturalmente bons seres humanos, por tentar achar as justificativas fora de nós. Sendo que elas estão dentro de nós.

Deveríamos começar a entender que não existem fracassos em nossas vidas, mas "feedbacks" de que algo estamos fazendo errado. E a partir da percepção das derrotas ou dificuldades como "feedbacks" poderemos fazer novas escolhas amanhã.

Que todos nós, seres humanos, possamos aprender com nossos erros e possamos enxergar uma nova oportunidade de fazer melhor amanhã por nós mesmos, pelas pessoas e pelo nosso planeta.

Texto do terapeuta e consultor Marcos Adriano Infantozzi


Valeu, meninos!!! Pela garra, determinação...
Dessa vez não deu, mas valeu o exemplo, a força de vontade.
O importante é manter a humildade e dignidade perante a derrota,
coisa que só os fortes conseguem. E vcs conseguiram transmitir isso.

Brasil... Sempre!!!